Palermo 3-3 Roma
No «pantanal» do Renzo Barbera, a Roma deu um passo atrás. Dilúvio de erros defensivos e mais três golos sofridos (pela quarta vez em jogos oficiais). Para se perceber a gravidade da situação, a Roma é a equipa com mais golos sofridos (11) na Serie A. Se a defender preocupa, o resto dá sinais melhoria, sobretudo a atitude da equipa. Não serve de álibi aos erros defensivos, mas um erro (segundo golo do Palermo em evidente fora-de-jogo) de terceiros viciou o desfecho do encontro.
As duas equipas tiveram a sorte, mas também o mérito de serem capazes de responderem aos golos adversários da mesma maneira. Brighi, Burdisso e Totti responderam a Budan, Miccoli e Nocerino. Chuva em Palermo, talvez muita para disputar a partida, mas ambas as formações não se ressentiram e ofereceram um espectáculo rico de ocasiões e golos, com muitos erros de ambas as partes e também da terceira equipa em campo. Como sempre, Totti foi decisivo: primeiro de calcanhar colocou Brighi às portas dos festejos, consumados pelos «33» giallorosso, depois aos 88’ assinou o empate conclusivo na transformação de um castigo máximo. Os giallorossi estiveram duas vezes em vantagem, sem no entanto serem capazes de congelar o resultado, não obstante dos nove remates à baliza de Rubinho em toda a partida. Um problema antigo. Contudo Ranieri mostrou-se satisfeito:” Sim é verdade deveríamos ter fechado a partida. O Palermo estava em dificuldades e nós não aproveitamos. Temos que melhorar ainda”, disse o técnico romano.
Sem Perrotta (problema no gémeo), Ranieri lançou no elenco inicial, Matteo Brighi. Pizarro actuou do lado esquerdo do losango, enquanto Brighi desempenhou o papel de médio ofensivo, no apoio aos dois avançados: Totti e Vucinic. Sem medo e confiante a equipa romanista partiu bem e Brighi compôs a vantagem aos 20’. O Palermo encontrou o empate vinte minutos depois assinado por Budan, num lance caricato e afortunado. Ainda na primeira parte, com o intervalo à vista, Burdisso voou na área rosanera e assinou a segunda vantagem giallorosso, aos 46’, apontando o primeiro golo com a camisola giallorossa:”Gozei o golo apenas dez segundos”, disse o argentino. Foram mais de dez segundos, mas não muito mais. Ainda no mesmo minuto, Miccoli restabeleceu novamente a igualdade, aproveitando um erro do assistente, que não viu um evidente fora-de-jogo inicial de Simplicio e também de uma abordagem pouco convincente de Cassetti ao lance. O Lateral direito foi ainda menos convincente, aos 56’ quando Nocerino colocou pela primeira vez a equipa palermitana na frente do marcador, após ser facilmente ultrapassado por Miccoli no inicio da jogada. A chuva aumentou de intensidade, o relvado não aguentava e tempo voava. A Roma parecia não ser capaz, de levar pontos do Renzo Barbera, até que Okaka a dois minutos dos 90, foi derrubado por Rubinho dentro da área… e penalti. Tão evidente como a determinação do jovem avançado italiano. Totti não perdoou, mais uma vez e tornou o desfecho mais doce, além de aproximar-se de Batistuta e também de Baggio o seu objectivo.
Melhor em campo
Totti