Muitas ausências, bom empate!

Sem nove jogadores, com um capitão em estreia (Brighi) e a jogar em inferioridade numérica durante meia hora (expulso Motta), a Roma empatou contra a Sampdoria, graças a um Júlio Baptista novamente ‘bestial’ contra os blucerchiati: o brasileiro que já tinha bisado na primeira volta, repetiu o registo no Luigi Ferraris. A Roma voltou a mostrar um grande coração, depois do infortúnio contra o Arsenal e estreou o jovem romano da Primavera, Crescenzi.

Spalletti apresentou no Marassi um sistema de jogo e um capitão inédito. Três defesas (Diamoutene, Panucci e Riise), quatro médios (Motta, Tonetto sobre as faixas e Brighi e Pizarro no meio) e três avançados (Júlio Baptista, Menez e Vucinic), foi este o esquema escolhido pelo técnico toscano para colmatar as inúmeras ausências. Mesmo com tantos azares, a Roma partiu forte e precisou de apenas 7 minutos para traduzir a sua determinação em vantagem no marcador: cruzamento de Tonetto e Júlio Baptista à boca da baliza emendou para o 0-1. A vantagem giallorossa impulsionou a resposta da Samp, arrastada pelos preciosismos de Cassano, sempre perigoso, quer na tentativa de assistir ou rematar e depois na frente o habitual Pazzini, que implacavelmente marcou de cabeça, após um cruzamento tenso de Cassano. A defesa inédita a três da Roma, sentia dificuldades para parar a fantasia de Cassano e a eficácia de Pazzini, que fazem lembrar uma dupla de outros tempos: Mancini-Vialli. E a eficácia de Pazzini, juntamente com o instinto que o acompanha, fez-se sentir perto do intervalo, quando bisou e colocou pela primeira vez a Sampdoria em vantagem: remate na diagonal de Padalino, defesa defeituosa de Doni e na recarga, o número 10 doriano fez o 2-1.

Do descanso veio uma Roma diferente mais determinada, com os atacantes mais moveis e em apenas dez minutos esteve perto do empate por duas vezes, primeiro com Menez e depois com Motta. A missão de chegar ao empate complicou-se com a expulsão de Motta, que falhará juntamente com Diamoutene e Pizarro o jogo contra a Juventus. O lateral viu o segundo amarelo depois amarrar ingenuamente Padalino. Mesmo inferioridade numérica a equipa de Spalletti continuou a investir com carácter e um grande coração e chegou merecidamente ao empate de grande penalidade, cometida por Padalino sobre Tonetto. No entanto Rosetti equivocou-se ao admoestar Lucchini, em lugar se exibir o amarelo a Padalino, que seria o segundo e consequentemente a expulsão. Mazzarri foi expulso por protesto, e Júlio Baptista dos onze metros, empatou de novo a partida, agora a 2 golos. Ate final a Samp pressionou bastante, mas Doni com duas grandes defesas (Pazzini e Sammarco), remediou o erro cometido no lance do 2-1. Ainda houve tempo para a estreia do lateral romano da Primavera, Crescenzi de apenas 17 anos e para a entrada de Montella que recebeu uma enorme ovação por parte dos adeptos da casa. A Roma consegui um bom resultado, tendo em conta as inúmeras ausências e está agora a dois pontos do quarto lugar. Spalletti vai ter uma semana, para concertar a equipa para o desafio contra a Juventus.

Mais um ponto rumo à champions.