Apenas Rizzoli travou a Roma!

Uma noite mágica, estragada pelo árbitro Rizzoli. A Roma foi brilhante sobretudo na primeira parte, dispôs de mais e das melhores oportunidades claras de golo, mas no final ficou o registo de uma tremenda injustiça. De Rossi, Riise (estreia a marcar com a camisola da Roma) e Brighi, marcaram os golos da Roma, numa noite com um protagonista inesperado, ou talvez não…

A Spalletti faltou sete jogadores, com Pizarro em condições problemáticas (problemas no tornozelo). Panucci regressou um mês depois, mas o técnico toscano foi quase obrigado a mudar de esquema, colocando Brighi atrás de Baptista, com Vucinic e Taddei sobre as faixas, num 4-2-3-1 de difícil interpretação para os nerazzurri. O resultado foi desvastante: em 46 minutos, o Inter encaixou dois golos e salvou-se em três outras ocasiões. Uma primeira parte de total domínio giallorosso rendeu dois golos de vantagem ao intervalo, graças ao magnífico golpe de cabeça de De Rossi (servido da direita por Motta) e uma bela jogada de Riise que colocou a bola entre as pernas de Júlio César. Mourinho incrédulo com tanta superioridade romanista, observava os cortes providenciais de Cambiasso sobre Baptista e de Burdisso sobre Vucinic, ao qual se acrescenta uma oportunidade flagrante de Brighi aos 7’. Do Inter só se viu na primeira parte uma boa triangulação de Maxwell com Santon, que terminou com uma tentativa pouco precisa do brasileiro. Os adeptos nerazzurri desesperavam ao ver tanta Roma e assobiava constantemente a equipa, sobretudo Balotelli. É normal escutar tantos assobios no Giuseppe Meazza?

Na segunda parte foi tudo diferente, com Rizzoli a tornar-se o grande protagonista do encontro ao incendiar a partida com um penalti inexistente. Nem o golo de Balotelli aos 50’, parecia bloquear a Roma, que respondeu seis minutos depois, por intermédio de Brighi. Baptista aproveitou um erro de Cambiasso, virou-se e serviu na perfeição Brighi que à entrada da área não perdoou. 1-3. Jogo terminado? Quem não pensou em Rizzoli, talvez tenha ficado com essa sensação. Seis minutos depois, o momento que alterou o rumo da partida: Balotelli entrou na área e mergulhou perante a presença de De Rossi. Será que o jovem interista ficou medo do futuro capitão? Ou será que é a melhor maneira de chegar ao golo, que não se tem argumentos? O que é certo, perante o olhar incrédulo dos jogadores da Roma, Balotelli não desperdiçou a oferta de Rizzoli e fez 2-3 e o gesto “todos calados” para os adeptos giallorossi, que responderam à provocação com o cântico:” Sois como a Juve”. Mais uma ajuda? Já começa a ser difícil encontrar adjectivos….A Roma não ficou espantada, com o sucedido e Vucinic desperdiçou o 2-4, desviando de cabeça sem convicção, um cruzamento de Pizarro. Mais um erro que acabou por penalizar a Roma, visto que poucos segundos depois de ter entrado, Crespo servido por Figo, colocou de cabeça tudo como no inicio, agora com o empate a três. A injustiça estava imposta no marcador, que poderia ter sido desfeita por Menez, mas sobretudo por De Rossi, já no último suspiro do encontro. No final do encontro o Inter agradeceu a Rizzoli e a Roma aos seus fiéis adeptos.